
Se antes fazer intercâmbio era coisa de adolescente ou recém-formados, hoje em dia essa realidade mudou bastante e os jovens intercambistas estão ficando cada vez mais “experientes”. A carreira, o namoro, o casamento e mesmo filhos, não mais impedem a busca pelo desejo de uma experiência no exterior e encontrar estórias de trintões que largam tudo, botam a mochila nas costas e correm para realização de seus sonhos, são cada vez mais comuns.
Segundo a Diretora Expert em Intercâmbio, Ludmila Teles, tem crescido substancialmente o intercâmbio cultural de pessoas acima dos 30 anos. “De uns anos para cá cresceu a procura nessa faixa etária. Cada vez mais as pessoas deixam decisões como casamento e filhos para mais tarde e investem na carreira e na consolidação de uma posição melhor no trabalho”.
Assim fez o casal Mila Hipólito e Thomas Pierk, ambos com 30 anos, de Salvador – BA. Eles vão para Londres, onde vão passar uma temporada de um ano para estudar outro idioma e fazer mestrado. “Eu vou fazer mestrado em moda e meu noivo vai fazer mestrado em engenharia. Nossa intenção é melhorar o currículo. Vamos realizar um sonho antigo, era a hora certa, tudo se encaixou”, afirma Mila Hipólito.
A falta de tempo é considerada um dos limitadores para pessoas acima de 30 anos realizarem o intercâmbio. “Às vezes o indivíduo tem uma posição consolidada dentro da empresa em que trabalha, está num bom momento na carreira e não quer abrir mão disso. Porém, existe a opção do intercâmbio cultural de férias, de quatro semanas ou até menos, que não prejudica em nada a carreira profissional, só acrescenta”, explica Ludmila.