
Os intercambistas planejam a experiência, buscam informações sobre o país de destino, organizam todos os documentos possíveis, separam o dinheiro guardado com muito esforço para a realização de um sonho e, quando acham que está tudo certo, lá vêm as surpresas. Isso foi o que os consultores da Seda College perceberam ao longo de seis anos de trabalhos com estudantes internacionais. A solução para ajudar os alunos foi apostar em orientações para a chamada “economia pessoal”, ou seja, o planejamento do orçamento de cada um. O processo é longo, começa nos primeiros contatos com a escola e continua nas aulas extras organizadas pela instituição em Dublin. Aprender um idioma e a controlar o dinheiro tem tudo a ver com intercâmbio.
De maneira geral, estudar fora exige investimento em passagens aéreas, seguro de saúde, curso, visto, acomodação, alimentação e transporte. Muita gente esquece de considerar as despesas com roupas, sapatos e lazer. Isso sem falar nos imprevistos. “A dica, desde o primeiro momento, é para que os intercambistas coloquem todas essas despesas em um papel e acrescentem pelo menos 20% a mais de dinheiro sobre o total. Isso ajudará a cobrir despesas inesperadas”, explica o consultor de intercâmbio na Seda College, Lucas Xavier.
Para a professora responsável pelo workshop “Quanto custa viver em Dublin?”, Karen Mavarez, é importante entender como funciona cada etapa do intercâmbio. “Por exemplo, em Dublin, é preciso fazer um depósito da acomodação que pode ser o equivalente a um mês de aluguel. A inscrição no Garda National Immigration Bureau (GNIB) para a retirada do visto de estudante é de 300 euros. E, ainda, tem itens da acomodação, como edredom, lençóis, travesseiros etc. Viver no exterior é uma experiência ótima, mas exige responsabilidade e planejamento”, reforça ela.
Foco na Economia
O Numbeo, site que reúne dados fornecidos por mais de 200 mil pessoas do mundo todo para fazer o levantamento do custo em diferentes países, é uma boa fonte para estudantes entenderam quais são as despesas do cotidiano. Os dados, além de compararem serviços, alimentação, aluguel e transporte com os de Nova York, ainda apresentam o preço médio de cada item na moeda escolhida (no caso, em euro). É possível encontrar itens com preços mais baixos, especialmente nas promoções. Em função disso e do diferente padrão de vida entre intercambistas e pessoas que escolheram a cidade como casa definitiva, os estudantes reduzem bastante a estimativa de custo de vida no país, ou seja, com aproximadamente 600 euros por mês, grande parte dos estudantes consegue pagar por acomodação, alimentação, transporte e lazer. “Nossa missão é dar dicas sobre os lugares mais baratos, como conseguir descontos, promoções e mostrar quais aplicativos podem fazer com que a vida na Irlanda seja mais fácil e mais barata”, completa Karen.
Dicas indispensáveis
- Ter conhecimento do orçamento disponível para o intercâmbio e saber o quanto pode gastar por mês. Tendo conhecimento disso, é possível evitar lugares que não se adaptam às restrições financeiras do momento;
- Fazer planilha anotando todas as despesas, assim você consegue saber onde pode cortar gastos. Uma dica é utilizar um aplicativo como o Minhas Economias que é gratuito e possibilita acesso no computador e celular;
- Ficar atento a rótulos de produtos e indicações de promoções para evitar despesas desnecessárias e conseguir bons negócios;
- Pegar referências e sugestões de outras pessoas que já passaram pela mesma experiência para saber onde é melhor comprar o que você precisa;
A estimativa é de que, para viver por um ano em Dublin, um intercambista precisa entre 6 mil euros a 11 mil euros. As leis do país permitem que estudantes trabalhem 20 horas por semana durante o curso e 40 horas semanais nas férias de fim de ano e verão. No entanto, conseguir um emprego nem sempre é fácil ou rápido. O salário mínimo é de 8,65 euros por hora. As vagas são, principalmente, para o setor de hotelaria, restaurantes, bares, cafés, trabalhos domésticos (como babá e limpeza) e vendedores de loja.
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