
Com os empregos ameaçados pela situação econômica do país, brasileiros começam a buscar oportunidades no exterior. De acordo com o STB (Student Travel Bureau) houve um aumento de 40% na procura por programas de trabalho e estudo ou somente trabalho no exterior.
Os locais mais procurados são EUA, Austrália, Irlanda e Nova Zelândia, isso se deve a diversos fatores. “Os altos índices de desemprego impulsionam os jovens a buscarem oportunidades de emprego no mercado internacional. Estes países são os mais procurados porque, permitem que o intercambista estude e trabalhe. Nos EUA os programas mais procurados são o AU PAIR (trabalhar como babá) e o Work Experience (trabalhar com serviços). Na Irlanda, é permitido trabalhar após, 25 semanas de estudo, o mesmo ocorre com a Austrália e Nova Zelândia, porém, são 14 semanas de estudo”, informa o Gestor do STB de Salvador, João Neto. O empresário lembra ainda, que nesses países conseguir um emprego fica por conta do estudante, através do seu currículo e habilidades.
Diante da alta taxa de desemprego e da inflação nas alturas o engenheiro químico, Daniel Aloson, procurou o STB para um intercâmbio de 26 semanas na Austrália, a fim de trabalhar e estudar. “Na minha área é imprescindível ter um segundo idioma. Além disso, as grandes empresas procuram profissionais que tenham tido experiências no exterior. Isso é um diferencial. E com a economia em baixa e sem oportunidades de emprego no Brasil, resolvi arriscar e investir em educação e qualificação. Preferi fazer isso por uma operadora de intercâmbio por ser mais seguro e confiável”, informa.
Entre os segmentos com boas chances de trabalho para os brasileiros no exterior estão na construção civil (Estados Unidos, Angola e Moçambique), cosméticos (Europa) e óleo e gás (Oriente Médio). Segundo João Neto, existe uma grande demanda por mão de obra brasileira especializada, porém assim como no Brasil a falta de qualificação e dificuldades com o idioma ainda são um entrave.
“A qualidade da educação do ensino secundário no Brasil está entre os piores do mundo, isso influencia na competência e qualificação dos profissionais. Além disso, a dificuldade com outro idioma é uma barreira para se conseguir melhores cargos em uma empresa tanto nacional quanto internacional. Hoje em dia o inglês é fundamental e falar mais de três idiomas é um ótimo diferencial, destacando-o dos demais”, avalia.
Rede de contatos no exterior
Criar uma rede de contatos pode ser a porta de entrada para conseguir um emprego no exterior. “Assim como no Brasil existe uma concorrência muito grande por uma vaga de emprego no exterior, então fazer um “networking” com empresários, formadores de opinião ou com alguém que esteja no mercado de trabalho, pode facilitar a empregabilidade”, explica João Neto.