Experiência internacional permite contato com outras culturas, amplia o conhecimento e oportuniza o aprendizado de idiomas.
Ter a oportunidade de estudar em outro país é o desejo de muitos estudantes. Experiências no exterior podem ser enriquecedoras, já que permitem o contato com outras culturas, ampliam o conhecimento e aprofundam o aprendizado de idiomas. Para ter esta vivência, é preciso estar bem informado sobre as possibilidades.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), a maioria dos estudantes brasileiros (75%) deseja estudar fora do país. O levantamento mostra, ainda, que 28,6% dos alunos planejam viajar para o exterior no primeiro semestre de 2024 e 21% querem ter a experiência a partir de 2025.
Os programas de intercâmbio são uma alternativa para conhecer sistemas educacionais de outros países e ganhar uma perspectiva global sobre questões acadêmicas e profissionais. Estudar em uma instituição de ensino estrangeira ajuda a criar uma rede de contatos internacionais que pode ser importante para futuras oportunidades no mercado de trabalho.
Conforme informações divulgadas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a experiência internacional é um diferencial importante ao currículo do estudante. Aqueles que têm vivência no exterior, seja por meio de ações de internacionalização ou programas de intercâmbio, tornam-se profissionais com visão global.
Instituições brasileiras têm parcerias internacionais
A carreira de um veterinário pode ser impulsionada a partir de uma especialização fora do país. O Programa de Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) é uma opção reconhecida internacionalmente. Os professores estabelecem colaborações científicas com universidades de diferentes países europeus, americanos, asiáticos e africanos.
Os estudantes são incentivados a fazerem estágio sanduíche, e os docentes a realizarem o pós-doutorado no exterior. Além disso, há vagas para o ingresso de alunos de outros países no curso de mestrado.
Na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), ao longo da graduação, os estudantes podem optar por atividades extracurriculares de pesquisa e extensão, incluindo o intercâmbio. Para isso, também são realizados convênios com instituições estrangeiras de renome na área.
Mas não são apenas os cursos de veterinária que oferecem a possibilidade de estudar em outro país. Quem almeja uma vaga em Psicologia também pode se organizar para participar de um intercâmbio.
O setor de Internacionalização da União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (UNIESP) mantém contato com universidades de outros países e estabelece parcerias com atividades voltadas aos alunos, professores e à comunidade em geral. Além de intercâmbios, o setor promove workshops, palestras, e outras dinâmicas que envolvem diferentes culturas.
Para os interessados em seguir carreira jurídica, as matrículas em Direito também podem abrir portas para oportunidades de intercâmbio acadêmico e cultural. Diferentes instituições, como a USP e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), oferecem programas de intercâmbio, o que proporciona aos graduandos a chance de aprofundarem seu conhecimento em áreas específicas e conhecerem diferentes sistemas jurídicos.
Conheça as oportunidades para estudar fora
De acordo com a Fundação Estudar, quase todas as faculdades públicas e privadas contam com programas de intercâmbio. Para ficar por dentro das informações, o aluno deve entrar em contato com a coordenação de intercâmbio da instituição de ensino e conferir quais são os convênios e as parcerias existentes.
Caso o estudante queira estudar fora do país por conta própria ou se a instituição não oferecer a alternativa, é possível recorrer a outras possibilidades. Elas incluem programas de intercâmbio independente, no qual o aluno negocia a atividade diretamente com a universidade internacional; consultorias especializadas, que auxiliam o interessado a planejar a viagem; e agências que atuam na área.
Os programas de intercâmbio variam com relação à duração e aos objetivos. Por meio deles, é possível estudar outro idioma, fazer estágio, participar de ações de voluntariado, cursar disciplinas do currículo universitário, entre outras atividades.
Os programas organizados pelas faculdades são conhecidos como intercâmbio acadêmico e têm durações diferentes, conforme cada proposta. A programação pode ser de curto prazo, durante um mês, por exemplo, como no período das férias, ou mais tempo, com atividades ao longo de um semestre ou um ano.
A principal vantagem dos programas das próprias universidades é que os alunos que participam podem contar com o suporte da instituição brasileira durante a viagem para fora do país. As etapas dos processos seletivos variam de acordo com cada faculdade. Algumas oferecem bolsas e ajuda de custo para os primeiros colocados.