Você sabe quais são os principais destinos e requisitos para fazer um intercâmbio de trabalho e estudos? Hoje, eu separei algumas informações que podem te ajudar a descobrir!
Não são poucos os brasileiros que querem tentar a vida no exterior, especialmente com as opções de intercâmbio de trabalho e estudos.
Para se ter uma ideia, apenas em 2021, foram registrados a saída de mais de 130 mil brasileiros do país, mesmo com diversas fronteiras ainda fechadas, de acordo com uma matéria divulgada pela CNN.
Essa movimentação para o exterior, porém, não é recente. Segundo dados do Itamaraty, em 2010, cerca de 3 milhões de brasileiros já viviam em outros países.
E a razão para estudar e trabalhar fora são diversas. Muitos brasileiros optam pelo intercâmbio para aprender um novo idioma e, até mesmo, se especializar em alguma área de atuação, com isso, conseguir melhores oportunidades ao retornar ao Brasil.
Outros decidem viver por um tempo em outro país por conta da estabilidade econômica e poder de compra que muitas nações oferecem. Além disso, a vivência no exterior promove crescimento pessoal, quebras de paradigmas e desenvolvimento de novas habilidades..
Independentemente do motivo, o fato é que os programas de intercâmbio de trabalho e estudos têm ganhado cada vez mais relevância e a tendência é que no pós-pandemia, muitos brasileiros embarquem para outros países.
Mas, afinal, como funciona esse tipo de viagem? Quais são os principais destinos? Como se preparar? Para te ajudar, hoje eu reuni algumas informações neste post. Continue com a sua leitura e confira.
Quais são os destinos que permitem o intercâmbio de trabalho e estudos?
Existem diversos países que permitem ao estudante trabalhar durante os estudos, no entanto, as regras são bastante variadas. Por exemplo:
- Austrália e Nova Zelândia: o aluno consegue trabalho com cursos a partir de 14 semanas de duração. É válido para os cursos de inglês, técnicos e de ensino superior;
- Irlanda: é permitido trabalhar se o tempo de estadia for, no mínimo, 25 semanas. Também é válido para os cursos de inglês, técnicos e ensino superior;
- Canadá: apenas estudantes de cursos técnicos e especializações podem trabalhar por lá. O processo também é um pouco mais burocrático do que os destinados citados anteriormente;
- Emirados Árabes Unidos: estudantes dos cursos de inglês também podem trabalhar nos Emirados Árabes, basta que a estadia no país seja a partir de 12 semanas;
- Espanha: intercambistas matriculados em cursos com mais de 90 dias de duração também podem trabalhar na Espanha;
- Malta: permite que os estudantes matriculados em cursos com duração de, no mínimo, 90 dias trabalhem no país.
É necessário saber falar o idioma?
Um grande mito entre os interessados em fazer um intercâmbio com permissão de trabalho é a necessidade de falar o idioma do país de destino para conseguir um emprego.
Bom… embora o conhecimento da língua possa evitar alguns perrengues, saber o idioma não é exatamente um pré-requisito. No entanto, isso vai depender também do seu estilo de vida e em que você está disposto a trabalhar.
O que isso significa? Em muitos países, é possível atuar em posições que não necessitam de interações, ou seja, saber ou não falar o idioma não seria um impeditivo, como é o caso dos chamados “dishwashers” (lavadores de louça) e “cleaners” (com limpeza).
Entretanto, alguns outros trabalhos já vão necessitar do idioma, mesmo a nível intermediário, como recepcionista, garçonete, barista e outras ocupações de contato com o público.
Quais são os requisitos para trabalhar no exterior?
O intercambista que deseja trabalhar durante os estudos deve ter, no mínimo, 18 anos e se adequar às regras de permanência de cada país, como citado nos tópicos anteriores.
É importante salientar que muitos desses destinos delimitam uma carga horária máxima de trabalho, que consiste em 20 horas semanais. A exceção fica a cargo dos Emirados Árabes, em que o estudante não possui um mínimo, porém, o trabalho não pode impactar no seu rendimento do curso.
Outro ponto a se levar em consideração é que a permissão de trabalho apenas é válida durante o período de visto. Ou seja, se você deseja permanecer no país legalmente, é preciso renovar o visto de estudante ou tentar outros tipos de vistos oferecidos por cada destino.
Afinal, qual o melhor lugar para fazer intercâmbio e trabalhar?
Bom, meu querido Alecrim Dourado, isso vai depender de diversos fatores, principalmente de você, seu estilo de vida, condições financeiras, possibilidades, intenções para o futuro… enfim, são muitas variáveis.
Por exemplo, se levarmos em consideração apenas aspectos como o clima, a Austrália, Malta, Espanha e Emirados Árabes possuem uma temperatura parecida com o Brasil, com verões mais quentinhos e invernos menos rigorosos.
Enquanto isso, Canadá, Nova Zelândia e Irlanda possuem climas muito mais amenos e invernos bastantes geladinhos.
Outro ponto que pode ser analisado na escolha do destino são as condições para trabalhar e estudar em cada país, assim como o investimento necessário.
Por exemplo, na Irlanda, é possível fazer cursos com a duração de 25 semanas por cerca de R$ 10 mil, enquanto na Austrália esse curso ficaria em torno de R$ 18 mil a R$ 20 mil.
É claro que o tipo de escola, período de estudos, cidade, época do ano da viagem, regras de cada país e, até mesmo, promoções podem baratear ou encarecer o intercâmbio, no entanto, são médias que devem ser ponderadas.
Como se preparar para fazer um intercâmbio de trabalho e estudos?
Acredito que o fator principal para qualquer viagem internacional é, simplesmente, ir com o coração e a mente abertos.
Você estará em outro país, convivendo com uma cultura totalmente diferente da sua e lidando com pessoas que, provavelmente, têm costumes diferentes dos brasileiros.
Além disso, acredito que uma característica crucial para alguém que deseja trabalhar fora do país é a flexibilidade. Muitas vezes, por conta do idioma, o estudante não consegue atuar na mesma área que trabalhava aqui no Brasil e isso pode ser motivo de frustração.
No entanto, é preciso ser dinâmico e aproveitar esse período para aprender atividades novas e se redescobrir.
Toda mão de obra, diferentemente do que ocorre no Brasil (infelizmente), é muito valorizada lá fora, o que significa que você não apenas vai conseguir se manter durante o curso, mas também realizar outros desejos, como viajar e adquirir algum bem, como eletrônicos).
Vida de intercambista não é fácil, meu amigo, mas vem recheada de aprendizagens! 🌎