Veja como os meios de pagamento online podem facilitar a sua vida durante a sua viagem de intercâmbio
A relação da sociedade com a moeda como forma de pagamento vem de milênios antes de Cristo. Em sua forma mais primitiva, o dinheiro tomava forma por meio de sementes, frutas, pedras e metais que poderiam existir ou não em abundância no ambiente.
Muito depois, vieram as moedas cunhadas por meio do derretimento e
resfriamento de metais preciosos. E as notas de dinheiro se tornariam algo comum assim que os bancos, que já faziam o papel de credores nos pujantes mercados da Europa central, começaram a dar o seu ar da graça durante a Renascença.
Avançando mais alguns séculos, chegamos ao nosso atual ano de 2020, onde o
dinheiro em forma física é cada vez menos utilizado em favor dos métodos digitais de pagamento. Até mesmo o cartão de crédito, companheiro fiel das nossas compras desde a década de 1980 tanto aqui no Brasil quanto em nossas viagens e intercâmbios lá fora, não tem mais saído tanto dos nossos bolsos como antes.
Isso vem graças à tecnologia, cujo progresso é constante, mas não linear. A tecnologia NFC (acrônimo de “near-field communication” em inglês, ou comunicação por campo de proximidade), contida hoje em boa parte dos smartphones mais modernos e também em alguns cartões de crédito, permite que você faça compras sem precisar de cédulas ou de senhas numéricas.
No Brasil, o mercado é hoje dominado por três gigantes da tecnologia que oferecem meios de pagamento móvel: Google, Samsung e Apple. A última foi a entrante mais recente no nosso país, e já tem tomado lugar de destaque por conta da possibilidade de integração que a plataforma carrega com alguns dos maiores bancos brasileiros, como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.
E ela também pode ser muito útil para o futuro intercambista que busca facilitar uma vida que exige muita disciplina em âmbito financeiro e estudantil lá fora.
Meios de pagamento móvel são maneira de inserção no mundo financeiro para gigantes de tecnologia A Apple Pay e seus concorrentes aparecem no mercado como uma forma de inserção de algumas das maiores empresas de tecnologia, antes dedicadas a smartphones, smartwatches e serviços de publicidade, de se inserir no setor cada vez mais lucrativo de serviços financeiros.
Elas são facilitadas pela já presente integração entre os produtos que eles oferecem, como o iPhone da Apple e a linha Galaxy da Samsung, e os seus respectivos serviços de pagamento móvel que hoje se encontram disponíveis no mercado.
No caso da Apple Pay, ela já chega ao mercado se integrando aos produtos da linha Apple – iPhone, Apple Watch, iPad e Mac. As edições mais novas destes produtos já contam com as tecnologias Touch ID e Face ID, que permitem a identificação do usuário por meio de impressões digitais e reconhecimento facial, respectivamente.
Além disso, a Apple Pay tem a facilidade de ser aceita tanto online, quanto em
qualquer equipamento de pagamento que contém a tecnologia NFC. Isso quer dizer que não é necessário ao lojista comprar uma máquina específica para a Apple Pay, facilitando assim a vida dele e também a dos seus clientes.
Aceitação já é vasta Enquanto que o Apple Pay e suas contrapartes podem não ser tão amplamente utilizados no Brasil, é bem clara a sua aceitação em diversos setores.
Meios de pagamento móvel são maneira de inserção no mundo financeiro para gigantes de tecnologia
A Apple Pay serve como meio de pagamento em plataformas digitais para jogos online como a Betway Cassino, assim como para lojas físicas, desde a tradicional rede de supermercados Pão de Açúcar, até lugares mais descolados como a loja da Livraria Cultura.
É possível usar a Apple Pay até mesmo para viagens. A agência Hotel Urbano, que oferece pacotes para viagens tanto no Brasil quanto mundo afora, aceita a plataforma como meio de pagamento. E o mesmo vale na Europa, uma vez que a empresa aérea easyJet já possui integração com a Apple Pay.
Estando lá fora, é capaz do intercambista se surpreender com a tamanha aceitação do NFC para compras. Algo que acaba refletindo a redução do papel-moeda e do cartão de crédito como meios de pagamento no nosso dia-a-dia, em um contexto onde o meio digital fica cada vez mais presente nesse e em tantos outros âmbitos.
A resistência é fútil?
A Suécia, que aparece muitas vezes nos anúncios de vaga de trabalho no estrangeiro graças a empresas como a Spotify, já tem ficado cada vez mais conhecida por ser uma sociedade “sem dinheiro”. Não que o país, um dos mais desenvolvidos do mundo, tenha deixado para trás o sistema econômico em voga em troca de um pós-capitalismo não monetário.
Mas sim que os meios digitais de pagamento são tão predominantes,
que moedas e papel já não são mais necessários para o funcionamento da economia sueca.
Esses são os passos que seus países vizinhos tem seguido, conforme Apple Pay e concorrentes avançam. A massificação dos smartphones com tecnologia NFC é o carro chefe da popularização do pagamento móvel, assim como a integração da tecnologia em cartões de créditos tradicionais – algo que a Nubank já faz no Brasil.
Aqui o empecilho ainda é o fato da tecnologia NFC não estar presente na maioria dos celulares utilizados pela população, assim como o medo muitas vezes infundado de insegurança por conta de ser um meio de pagamento que não precisa de senha – mesmo que ele ainda conte com PIN, e tantos outros elementos de segurança muito mais avançados que os meios tradicionais de compra e venda – para ser utilizado.
Essa resistência foi vista também lá fora, principalmente entre as pessoas com mais ideades na sociedade. Mas como aconteceu lá fora, com esses medos se dissipando e o pagamento móvel se tornando cada vez mais popular, acontecerá aqui também.