
Quando um brasileiro decide fazer um intercâmbio, quase sempre, o país escolhido é de língua inglesa. Dos 10 países que lideram a lista dos destinos mais procurados, sete deles tem o inglês como idioma principal. No topo da lista está o Canadá, seguido por Estados Unidos e Inglaterra. No entanto, um novo destino desponta como destaque na escolha dos brasileiros.
É a Oceania, mas precisamente a Austrália, e a Nova Zelândia, principais países do continente. De acordo com pesquisa da Belta (Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), a Austrália já é a quarta opção dos brasileiros.
A Nova Zelândia atualmente ocupa a sexta posição, sendo o país de língua inglesa que mais cresce nas pesquisas de intercâmbio realizados por brasileiros, estando a frente de superpotências econômicas como: Alemanha, França e Itália.

Para Katia Mackenzie, diretora da Discovery Nova Zelândia e Austrália, instituição estrangeira que realiza a colocação de intercambistas nesses países, a qualidade de vida do lugar tem sido fator preponderante para o crescimento nas pesquisas.
Além da língua inglesa como idioma principal, o baixo índice de criminalidade e a excelência nos serviços públicos de saúde e educação tem sido o diferencial dessa região. “A qualidade de vida é primordial. Tanto o australiano, como o neozelandês, gostam de esportes, artes, da natureza, gostam de aproveitar a vida de uma forma geral. São pessoas bem receptivas e de aproximação fácil, bem diferente de alguns povos europeus que são mais fechados. Esse fator agrada muito aos brasileiros, que gostam muito de interagir com as pessoas e o lugar”, afirma Katia.
Auckland é a cidade da Nova Zelândia preferida dos brasileiros para intercambioMesmo com o crescimento constante nas pesquisas, ainda há pontos negativos que dificultam a escolha dos brasileiros pelo intercâmbio na Oceania. Diferente de países como Canadá, Estados Unidos e Inglaterra, líderes nas pesquisas, apenas uma linha área realiza voos para Austrália e Nova Zelândia.
De acordo com Katia Mackenzie, essa exclusividade torna o valor das passagens mais alto, sendo muitas vezes o fator diferencial na escolha de um intercambista. “Perdemos alguns estudantes devido a esse detalhe. Por conta disso, o Primeiro Ministro da Nova Zelândia, John Key, já tem uma reunião agendada com a Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, para estudar a possibilidade de outras Companhias Áreas também realizarem voos para a Oceania”, garante Katia, que recentemente realizou uma palestra em Salvador, com o intuito de apresentar as vantagens do intercâmbio na Oceania para pais e estudantes da capital baiana.

Como não poderia ser diferente, o mercado de intercâmbio em Salvador acompanha as tendências que crescem cada vez mais no mercado brasileiro de uma forma geral. Devido a isso, muitos jovens soteropolitanos tem procurado saber mais sobre o intercâmbio na Oceania. É o que afirma, Ludmila Teles, Diretora Expert da Experimento, Agência de Intercâmbio que em 2014 completa 50 anos de atividades nos Brasil, e que recentemente instalou uma sede em Salvador. “Em pouco tempo de loja, já observamos muitos jovens curiosos, querendo saber mais sobre a Austrália e a Nova Zelândia.Tudo é muito novo sobre ambos os países, pois sabemos que informações sobre Estados Unidos e Inglaterra chegam com mais facilidade por aqui. Mas é justamente a curiosidade pelo novo que tem despertado o interesse dos baianos pela Oceania”, explica Ludmila.
Em geral, um programa de intercâmbio de um ano não sai por menos de R$ 15 mil, incluindo estimativa de gastos mensais e passagem aérea, item que costuma ser o mais caro da viagem. Pré-requisitos como o domínio intermediário do idioma são levados em consideração pelas agências durante a avaliação do candidato a intercambista.
Dentre os programas oferecidos para quem almeja uma experiência fora do país, são destaques: Programa High School (para estudantes do Ensino Médio), Curso de Aprimoramento do Idioma, Programa de Férias, Programas para Universitários e Programas Profissionalizantes, dentre outras opções.
Mais informações você pode encontrar no site : www.experimento.org.br