A necessidade de intercomunicação entre pessoas e empresas de diferentes países é um dos efeitos da globalização. Se antes o currículo de um estudante era pensado para atender as necessidades locais ou a região que ele morava, hoje o mercado de trabalho vem exigindo, cada vez mais, profissionais com habilidades interculturais e fluência em línguas estrangeiras. Para atender a esse novo perfil, as Instituições de Ensino Superior (IES) apostam em um novo caminho: o da internacionalização. “Quanto mais o estudante aprender a lidar com a fronteira do conhecimento e viver perto a cultura, a política e a economia de outros povos, mais ele estará apto a ser este profissional que o mundo atual tanto busca e precisa”, afirma a reitora do Centro Universitário IESB, Eda Coutinho.

Em Brasília, o IESB representa um papel importante para o fomento e construção desta prática. Desde 2004, quando foi feito um acordo com o Istituto Europeo di Design (IED), na Itália, e depois, em 2007, com o primeiro intercâmbio para o Instituto Argentino de Gastronomía (IAG), na Argentina, a instituição já enviou mais de 100 alunos para programas no exterior e mantém parcerias com universidades na Europa, Ásia e América Latina. Neste mês, sete estudantes viajaram para os Estados Unidos, onde passam duas semanas na The Pennsylvania State University por meio do programa de internacionalização do IESB. Eles freqüentam aulas de Gastronomia, Direito, Design, Publicidade e Propaganda e Relações Internacionais, compatíveis com sua graduação e importantes para sua formação profissional. “Assim que me formar, quero tentar o Mestrado na University of New York em Antropologia. Essa oportunidade me permitirá ver como um Mestrado será para mim”, disse Lucas Velame, graduando de Relações Internacionais. “Estou bastante empolgada com essa grande oportunidade que o IESB e a Penn State estão me oferecendo. Espero aproveitar o máximo o que este maravilhoso intercâmbio pode me oferecer e aprender muito”, afirmou Marília Maia, que cursa Design de Interiores.

A internacionalização já é uma das prioridades das instituições de ensino em todo o mundo. Na Europa, por exemplo, de acordo com o relatório de 2015 da European University Association’s Trends, das 451 universidades que contribuíram para a pesquisa, 39% disseram que o recrutamento internacional está levando a um aumento da população estudantil. Além disso, 92% dessas instituições acreditam que a internacionalização contribui para a melhora no aprendizado e ensino. Aqui no Brasil, a internacionalização esteve focada, principalmente, nos cursos de pós-graduação – o país possui atualmente mais de 4.300 programas de pós-graduação, com 250 mil alunos, mais de 100 mil somente em doutorado. Entretanto, nos últimos anos, muitos alunos de graduação têm buscado sua vaga em diversas universidades do mundo inteiro, como uma forma de desenvolver o conhecimento linguístico, a competência comunicativa intercultural e incrementar seu currículo.
Além de enviar os discentes para o exterior, o IESB já recebeu mais de 150 alunos das mais diversas partes do mundo. Em 2013, por exemplo, uma comissão de sete estudantes da Penn State University visitou a instituição em Brasília. A programação dos universitários americanos na capital federal incluiu visita aos três Campi do IESB (Asa Sul, Asa Norte e Ceilândia), além de palestras com educadores e passeios guiados pela cidade. “Fomentamos uma série de visitas de ambos os lados que visa maior divulgação e disseminação de práticas educacionais em ambos os países. Nosso objetivo é estabelecer parcerias de longo prazo entre a Penn State e o IESB. Uma universidade deve primar por seus alunos, pela excelência de seus professores e pela qualidade do ensino oferecido”, ressaltou a professora Eda. O equatoriano Marcelo Perez também foi um dos que elegeu o IESB para cursar MBA em Marketing e Comunicação Digital. “Visitei o Brasil durante a Copa do Mundo e me encantei. É um país acolhedor, com uma cultura incrível. Decidi estudar aqui e escolhi o IESB porque me oferecia todas as oportunidades para implementar meu currículo e ser um profissional ainda mais preparado”, avaliou Marcelo.
Sobre o importante tema, a professora Eda destaca o trabalho do Dr. J. Michael Adams, ex-presidente da International Association University Presidents (IAUP). “O professor Adams deixou um legado muito precioso para nós. Ele acreditava na importância do ensino superior como ponte para o desenvolvimento humano, a paz e o desenvolvimento econômico sustentável. No IESB, também acreditamos que formar um cidadão para o mundo é uma das funções mais importantes de uma universidade. É assim que conquistaremos um mundo melhor, mas é preciso que as soluções sejam buscadas em conjunto”, conclui a reitora do Centro Universitário IESB.